Influência da Temperatura na Resistência Mecânica

Você sabia que a temperatura pode reduzir drasticamente a resistência de plásticos técnicos?

Artigos | 23.05.25
Influência da Temperatura na Resistência Mecânica

A seleção de plásticos de engenharia vai muito além da escolha por resistência ou leveza: é fundamental compreender como as propriedades mecânicas se comportam em função da temperatura. Diferentes estruturas moleculares – amorfas ou semi-cristalinas – respondem de forma distinta ao aumento térmico, o que impacta diretamente a rigidez, resistência à tração e estabilidade dimensional dos componentes.

Materiais como o TECAMID 6 (PA6 extrudado), TECAST (PA6 fundido), TECAFORM AH (POM-C), TECAPET (PET), TECANAT (PC), TECAFINE PP e PE apresentam comportamentos mecânicos bastante distintos à medida que a temperatura de operação se eleva:

  • PA6 (TECAMID 6): inicia perda de rigidez mais acentuada acima de 50 °C devido à transição vítrea (~55 °C); sua resistência à tração pode cair pela metade em torno de 100 °C.
  • POM-C (TECAFORM AH): sua temperatura de serviço é de 100 °C, graças à sua alta cristalinidade e baixa absorção de umidade.
  • PET (TECAPET): excelente rigidez (módulo 3.100 MPa) e estabilidade até 110 °C, ideal para ambientes secos e com necessidade de precisão dimensional.
  • PC (TECANAT): mantém propriedades até 140 °C, mas apresenta perda abrupta de resistência após a transição vítrea (~149 °C), exigindo margens de segurança.
  • PP e PE (TECAFINE): materiais de baixo desempenho estrutural acima de 80 °C; recomendados apenas para aplicações químicas ou de isolamento, sem esforço mecânico elevado.

 

Por que isso importa?

Materiais com desempenho mecânico excelente a 23 °C podem se tornar inadequados sob calor constante. A depender da aplicação, um polímero pode parecer ideal em temperatura ambiente, mas falhar por perdas de resistência mecânica com o aumento temperatura, escoamento ou deformação quando exposto a 90 °C sob carga.

Portanto, ao especificar um plástico técnico para uso em ambientes aquecidos, considere:

  • A temperatura de serviço contínuo, picos de temperatura e presença de carga mecânica simultânea
  • A estrutura do material (amorfo vs. semi-cristalino) e sua transição vítrea (Tg)
  • A possibilidade de reforço com cargas (vidro, carbono) ou o uso de grades estabilizados termicamente

 

Conclusão

Entender o comportamento dos plásticos frente à temperatura é essencial para garantir integridade estrutural, segurança operacional e longevidade dos componentes. Mais do que selecionar um material com “boa resistência”, é preciso alinhar sua zona de estabilidade térmica com as reais condições da aplicação.

A Ensinger fornece uma ampla gama de polímeros técnicos com dados de resistência à tração, módulo e deflexão térmica (HDT), permitindo decisões técnicas embasadas em desempenho termomecânico.

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